Por: Carolina Luiza Guella- Fisioterapeuta- Centro de Equoterapia- PAHENCA

A equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo em uma abordagem multidisciplinar e interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiências e/ou necessidades especiais.

   O autismo é conhecido como uma desordem neurológica, com o comprometimento acheterdufrance.com da interação social, comunicação verbal e não-verbal e comportamento restrito e repetitivo. Na infância, os autistas podem apresentar uma evolução mais lenta nas áreas da comunicação, das habilidades sociais e da cognição. Além disso, certas disfunções comportamentais podem começar a aparecer, como auto estimulação (isto é movimentos repetitivos, sem objetivos, como balançar ou agitar as mãos), autoagressão (morder as mãos, dar socos na cabeça), problemas para comer e dormir, contato visual deficiente, insensibilidade para a dor, hiper/hipoatividade e deficiências de atenção. Muitos autistas sofrem de deterioração de uma ou mais das sensibilidades. Essas deteriorações podem envolver a audição, a visão, o tato, a dor, o sistema vestibular (o equilíbrio), a olfação (odores) e as sensações de propriocepção (posições de músculos e articulações).

   Sendo uma das vantagens importantes da equoterapia o ambiente onde é realizada, que, muitas vezes é amplo e aberto, viabilizando o contato com a natureza e com o cavalo, favorecendo as relações entre o praticante e o terapeuta. O cavalo proporciona o movimento tridimencional, que são os movimentos para cima e para baixo, para direita e esquerda, para frente e para trás, exigindo automaticamente do cavaleiro uma boa postura, equilíbrio e coordenação.

     Os benefícios da equoterapia incluem também: melhora na dissociação de cinturas, memória, concentração, estimula a sensibilidade tátil, visual, auditiva e olfativa, promove organização e consciência corporal, desenvolve a modulação tônica e estimula a força muscular, transferência de peso e indução a uma marcha melhor, estimula a afetividade pelo contato com o animal, ensina importância de regras como a segurança e a disciplina, aumenta a capacidade de independência, promove a sensação de bem-estar. Uma das únicas terapias que permite vivencia tantos acontecimentos ao mesmo tempo, simultaneamente, e no qual as informações e as reações são tão numerosas. E tudo isso favorece o praticante com autismo, auxiliando-o em seu desenvolvimento biopsicosocial, pois o contato com a natureza e com o cavalo favorece a interação social e afetiva, proporcionando sensações prazerosas e agradáveis ao praticante.

     Identificando, aquilo que o praticante não pode vivenciar em seu dia a dia muitas vezes, no contato com o cavalo ele irá aprender integrar-se e utilizar em sua estrutura, em sua evolução psicossomática, melhorando sua autonomia, sua independência, sua auto-estima e autoconfiança.